O ano de 2016 foi marcado pela colaboração e pelos estudos estratégicos das ações do Instituto Desiderata. Este período de grandes incertezas econômicas e políticas para o Brasil e, em especial, para o setor social, demandou novos olhares das organizações da sociedade civil que atuam com políticas públicas. Por isso, sentimos necessidade de aprofundar a análise dos dados disponíveis e ampliar ainda mais as ações conjuntas para conseguir maior alcance e capilaridade.

Na educação, destaco a RECA (Rede Educação Com Adolescentes), formada por professores, estudantes, gestores e organizações sociais que se uniram para realizar e propor ações de melhoria na aprendizagem dos adolescentes da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Já a plataforma Latitude e a pesquisa Mídia-educação e aprendizagem nas escolas municipais do Rio de Janeiro, diagnóstico preciso e inédito, trouxeram subsídios e visibilidade a temas fundamentais para a educação com adolescentes.

Na saúde, unimos oncologistas pediátricos, epidemiologistas, engenheiros e demais especialistas nacionais e internacionais para implantar um observatório em câncer infantil,  diante da ainda urgente necessidade de sistematização de informações para orientar estudos e decisões. Essa iniciativa reforça a importância de uma agenda nacional a partir da implantação qualificada de registros (hospitalares e de base populacional) e planos de atenção oncológica, permitindo o monitoramento das políticas públicas de câncer.

Esses resultados não seriam alcançados sem parceiros, conselheiros e equipe técnica que partilham a convicção de que, em um tempo de rápidas transformações e desafios cada vez mais complexos, a educação e a saúde de crianças e adolescentes não serão qualificadas com soluções simples e isoladas, mas sim com processos realmente colaborativos.

 

Boa leitura!

Roberta Costa Marques | Diretora Executiva